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segunda-feira, 27 de maio de 2013

AÇÃO DA CAFEÍNA NO SISTEMA NERVOSO CENTRAL

Bom, semana de provas vem aí e como sobreviver a ela sem a cafeína? Quase impossível, pelo menos pra mim! E dela surgiu o nome (nada criativo, diga-se de passagem) do meu "brógui". O vídeo a seguir mostra de uma forma rápida (e boba) algumas curiosidades sobre o café.

Está bem estabelecido que a cafeína é um antagonista competidor dos receptores de adenosina, atuando nesses receptores em áreas muito variadas, tais como na circulação periférica do corpo todo e no córtex cerebral. Este último, entretanto, pode ser o mecanismo principal responsável pelos efeitos estimulantes (Holzmam, 1991; Mester, 1995).
As ações do neurotransmissor adenosina, tanto no cérebro como no organismo em geral, são de agente inibidor e depressivo. Esses efeitos depressores ocorrem porque a adenosina promove a inibição da liberação de norepinefrina (noradrenalina) em geral e, predominantemente, no Sistema Nervoso Simpático. A cafeína, como agente antagonista desses efeitos, resulta numa estimulação dos sistemas envolvidos, aumentando tanto a liberação de norepinefrina como a taxa de ativação espontânea dos neurônios noradrenérgicos.
Entre os efeitos autonômicos estimulantes da cafeína como antagonista da adenosina, observa-se a estimulação cardíaca, aumento da pressão arterial, redução da mobilidade intestinal (Sneder, 1984), enfim, produz-se um clássico estado de estimulação simpática, como se houvesse uma situação de estresse.
Então, diminuindo-se a ação da adenosina, como faz a cafeína, deixa de ser inibida a liberação de dopamina e seus níveis aumentam. Resumindo, consumo crônico de cafeína pode proporcionar aumento da liberação de dopamina no Sistema Nervoso Central (Waldeck, 1971).
Existe uma semelhança bioquímica entra a intoxicação por cafeína e a esquizofrenia (em ambos a concentração de dopamina está alta), há quem recomende a não ingestão exagerada de café por esquizofrênicos para que não se agravem seus sintomas. O mesmo não explica o fato de que pacientes esquizofrênicos em sua maioria, tem aptidão a tomar muito café. Houve uma hipótese no ano de 1978 de que estados psicóticos poderiam ser desencadeados por consumo de cafeína em excesso. A ideia considerava que o sistema de transmissão dopaminérgico no cérebro esquizofrênico pudesse ser anormal e as propriedades dopaminérgicas da cafeína poderiam supersensibilizar e tornar vulnerável esse sistema já previamente alterado, precipitando uma psicose.

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